Renovando a Visão

Renovando a Visão

Amigos, esta foto que aí está (meu filho olhando para o Pai), me lembra que todo filho, nesta fase, olha para o pai como alguém admirável. É um olhar de quem está fascinado, imaginando como é que pode existir alguém assim tão especial, tão legal, tão doce, tão forte... Uma criança, não vê posição social, não tem noção dos desafios que cercam a vida do pai, ela apenas olha e ama, olha e aceita, olha e abraça, olha e toca, olha e recebe como seu. 

Um dia olhei assim para o meu pai! No entanto, quando comecei entender mais das coisas ao meu redor, a meiguice e confiança do olhar foi sendo substituída pela dureza do julgamento, pela precipitação das palavras, pela insistência das próprias ideias e passei a olhar e vê um pastor, um homem ocupado, um religioso duro... 

Com o passar do tempo, o conhecimento seco e estanque das coisas da vida, foi saíndo e a maturidade foi ocupando seu devido lugar; com isso, meu olhar foi voltando a vê o que havia perdido de vista: meu pai! Olhei outra vez e vi, eu vi, graças a Deus, em tempo consegui vê: um homem íntegro, forte, amoroso, um pastor apaixonado por Deus, um cuidado de almas, um exemplo... Olhei e amei outra vez o que vi!

Esta renovação da visão do meu pai se deu já há um bom tempo, eu tinha uns 14 anos, mas hoje, que construí este espaço para compartilhar e tendo admirado esta foto, resolvi escrever este texto como testemunho público de minha admiração pelo meu pai Pastor, um homem que tem deixado marcas impressionantes em mim; amo você meu Pai!

Ouse olhar outra vez! Deixe Deus devolver ao seu olhar a meiguice que um dia fluiu dele na direção do seu pai; olhe e receba, olhe e ame, olhe e admire!

Com muito carinho!

Késia

Não sou o Pai, sou o Filho!

Certa vez, de propósito, perguntei a um garotinho de cinco anos, filho de um pastor amigo meu: “e aí, já está pregando também?” O garoto, sem titubear, respondeu-me: “ei, eu sou o filho, não sou o pai”. Fiquei radiante com a prontidão do garoto e, principalmente, pela maneira categórica como ele rejeitou a suposta confusão de imagem entre ele o seu pai.

“Não sou o pai, sou o filho!” Um dos conflitos que alguns filhos de pastores enfrentam é esta cobrança externa que chega a esquecer que pai e filho são pessoas diferentes. Um filho não tem que ser um pregador porque seu pai o é, um filho não tem que cantar na igreja porque seu pai a lidera, um filho não tem fazer parte das atividades da igreja para que seu pai não seja ridicularizado; filhos de pastores devem ser movidos a congregarem, fazerem parte de atividades, serem fieis servos de Jesus, pela mesma força que impulsiona os demais membros da congregação: o sublime amor de Deus, revelado a nós em Cristo Jesus! Se amor de Deus não for suficiente para nos constranger a sermos totalmente dele, nada mais é relevante, nem mesmo o nobre respeito a função do nosso pai. Respeitar os pais é dever de todo filho, seja ele o pai médico, bombeiro, professor, pastor, a lei de Deus é para todos: “honra o teu pai e a tua mãe”. O caminho da comunhão com Deus é aprendido desde a infância, mas a experiência tem que ser pessoal para que esta comunhão seja suficiente para me manter com o Pai Celeste.

“Não sou o pai, sou o filho!” Sua identidade é preciosa, Deus te chama pelo nome e não pelo apelido! Descubra-se no plano de Deus e seja feliz!